quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Entrevista-Revista Quem! Dezembro 2004

Depois de conquistar o público infantil e o adolescente, a apresentadora grava seu primeiro filme e confessa viver 'in love' ao lado do empresário Eduardo Guedes. Feliz nos negócios e no amor, ela está pronta para realizar seu grande sonho: ser mãe
Os 12 anos de tabalho como público infantil trouxeram à apresentadora Eliana experiência para arriscar novo vôo. Alto e um tanto quanto arriscado. Desde janeiro o programa que leva o seu nome, na TV Record, passou a ser exibido à tarde visando aos adolescentes. O resultado positivo veio através da audiência, medida pelo Ibope: segundo lugar no horário, só perdendo para a TV Globo. De bem com a vida na telinha, a apresentadora se aventura na telona com o filme Eliana Em O Segredo dos Golfinhos, que começa a ser filmado este mês no México e em São Paulo e tem estréia prevista para janeiro de 2005. Com a vida profissional bem encaminhada, ela não esconde a felicidade ao lado do empresário Eduardo Guedes, dono da sorveteria Stuppendo. Aos seis meses de namoro e aliança na mão direita, Eliana sonha em construir uma família e aos 30 anos diz que quer ser mãe. 'Eu tenho certeza que vou ser uma supermãe! Não tenho vergonha de dizer que é bom receber colo de quem se ama.'

A revista QUEM acompanhou um dia na vida da apresentadora e empresária, que acumula altas cifras com a venda de mais de 100 mil bonecas por ano, além de 160 produtos licenciados. 'Eu dou a última palavra em tudo. Nunca quis alguém que me dissesse o que fazer.' E é com essa disciplina que vem ganhando mais espaço e também mais trabalho.

Quem - Você está estudando para fazer o filme?
Eliana - Tenho aulas de interpretação com a Lili (a diretora Eliana Fonseca) há pelo menos três meses. Eu não farei um personagem, serei eu mesma.

Quem- Como começou o projeto?
E - Há quatro anos venho conversando com várias pessoas. De um ano e meio para cá, me associei à empresa Moonshot Pictures e ao canal Azul.

Quem - O que esse filme tem de diferente?
E - Ele não é um conto de fadas, nem uma ficção. Nós vamos mostrar como vivem os golfinhos, o cotidiano deles. Estamos tomando vários cuidados para que, durante as gravações, a rotina deles não seja alterada e eles não estressem. Para isso até criamos um robô-golfinho, que vai ser utilizado durante as gravações no México, de 10 de junho a 5 de julho.

Quem - Essa mescla de realidade com fantasia é o tipo de entretenimento que falta para a criança no Brasil?
E - No cinema nacional tem muito material interessante de ficção. A Xuxa tem uma história no cinema infantil respeitável, o Renato Aragão também. Quero trazer a criança para mais próximo da realidade, quero que ela se identifique com os personagens do filme.

Quem - Você se incomoda de ser conhecida como a 'Eliana dos Dedinhos'?
E - Não, mesmo porque isso começou há 12 anos e entendo que as pessoas ainda tenham esse pensamento retrógrado. Elas não acompanharam minha trajetória. A música Os Dedinhos não foi uma bobagem, foi feita para crianças em fase de aprendizado.

Quem - Por que o programa Eliana agora também atinge os adolescentes?
E - Porque eu passei para a tarde e esse é um horário em que a molecada está em peso em casa. As crianças continuam assistindo ao programa porque mantivemos os games, as músicas e o trabalho educativo. Os adolescentes vêm ao estúdio e participam de brincadeiras mais incrementadas.

Quem - Foi difícil a adaptação?
E - Não é fácil deixar a inocência de uma criança para lidar com a malícia do adolescente. Eles me cutucavam o tempo inteiro. Eu estava muito despreparada para me comunicar com eles, que me questionavam sobre como era possível eu interagir com crianças e adolescentes. Eles são preconceituosos, têm opinião formada. Só que hoje isso não acontece mais. Consegui agregar o público e eles entenderam que posso falar para ambos.

Quem - Lembra de alguma saia-justa que enfrentou com os adolescentes?
E - Os meninos te olham como mulher. Se estou de saia ou miniblusa eles olham meu corpo. É normal, mas no começo me causou um certo constrangimento.

Quem - É difícil conciliar a carreira de apresentadora com a de empresária?
E - Aprendi com o tempo a lidar com isso. Sempre fiz questão de saber tudo que envolve o meu nome, a minha marca. Eu dou a última palavra. Nunca quis alguém que me dissesse o que fazer.

Quem - Deixou de viver alguma coisa por causa do trabalho e da fama?
E - Confesso que deixei de ir a muitas festas, jantares, aniversários e vários domingos ao lado da 'mama'. Mas aos 30 anos sou muito feliz e vejo que valeu a pena, porque eu tenho o conforto da minha família e a tranqüilidade do meu trabalho. Tudo tem seu preço. O preço que ainda pago é de não ter uma vida tão divertida, como sair para a balada, por exemplo, o que minhas amigas fazem. Mas não sinto falta. Tenho uma satisfação profissional que me preenche muito.

Quem - Você tem alguma religião?
E - Eu sou católica e me cerco de várias coisas boas. No meu camarim tem uma árvore da felicidade, um vaso de arruda, que aliás, troco toda semana porque murcha. Também acendo incenso em casa e no trabalho.

Quem - Há quanto tempo tem tatuagem?
E - Há três anos. É uma marca minha e para poucos. Se eu quisesse que todo mundo visse, teria feito no braço. São dois dragões e as línguas quase se encostam. Minha idéia é de que elas se juntem no dia em que eu me casar.

Quem - Como você se cuida?
E - A minha imagem é muito importante para o meu trabalho. Tenho como dermatologista a Ligia Kogos. Uso protetores para o dia, para a noite e creme para os olhos. Não adianta, tem de cuidar. Puxo ferro também. Depois dos 30 você precisa segurar os músculos, senão eles caem.

Quem - Pensa em ter filhos?
E - Lógico, só não sei se está perto. Eu babo pelos filhos dos outros. Meu relógio biológico faz esse assunto estar muito presente. Mas fazer filho todo mundo pode. Eu quero planejar, estar em um momento mais tranqüilo para poder cuidar. Não quero deixar com a babá, quero poder amamentar. Eu tenho certeza que vou ser uma supermãe.

Quem - Como você e o Eduardo (Guedes) se conheceram?
E - Eu estava em Moema, na casa de uma amiga, e resolvemos tomar sorvete. Fomos até a Stuppendo e um moreno lindo me pediu para que eu autografasse seu avental, dizendo que era o dono da sorveteria. Isso foi há oito anos. Depois disso, mantivemos contato mas somente como amigos.

Quem - E quando a amizade virou namoro?
E - O Eduardo também trabalhava na Record há pelo menos três anos, dando receitas no programa Note & Anote. Eu estava terminando um relacionamento quando recebi dele no camarim uma cocada em forma de coração. No dia seguinte ele me mandou sorvete e aí começou a brincadeira. Já faz seis meses.

Quem - No que esse relacionamento é diferente dos outros?
E - O mais legal é que eu conheço o 'Edu' como amigo e isso me dá segurança. Estou bem feliz. Ele é muito inteligente e faz questão de me acompanhar. Cuida de mim. Apesar de ser uma mulher independente financeiramente, ter minha carreira, é bom ter o colo de quem você ama. Não tem nada a ver com ser dependente, mas é a sensação de que alguém te proteje. Eu não sou dessas que diz: 'Eu me basto'. Eu não quero ser uma mulher independente e sozinha.

Quem - Os homens têm medo das mulheres independentes?
E - Eles ainda têm de ter a certeza de que protegem a mulher. Estão assustados com essa postura de comando. Entre quatro paredes não adianta competir. Por que não desarmar, relaxar e deixar seu lado feminino fluir? Deixe a competição no trabalho. Eu gosto de ser cuidada.

Quem - E a aliança, faz quanto tempo?
E - Nós fomos para Itália em janeiro e visitamos, em Verona, a casa de Julieta. Com toda aquela atmosfera romântica, saímos para lá de apaixonados, passamos na Bulgari e compramos a aliança.

Quem - Vocês pensam em morar juntos?
E - Ainda é muito cedo. Em toda relação é importante preservar o individualismo, respeitar o espaço do outro. Não gosto de regras. Tem tanta gente que é feliz e não mora na mesma casa... Para não entrar em conflito, moramos separados e só curtimos os bons momentos.

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