quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Revista Caras - Março 2007

Eliana brinda a 15 anos de sucesso proficional

Estrela conta como deu a volta por cima após criticas e fala do plano de ter filhos
“Baixinha, quer virar apresentadora de TV?” Com esta frase visionária o dono do SBT, Silvio Santos (76), impulsionou uma das mais sólidas carreiras da TV e da produção musical brasileira, a de Eliana (33), que celebrou 15 anos de sucesso liderando as mais de 4 000 crianças do Bloco Happy, em Salvador. Na Ilha de CARAS, a filha de uma ex-cozinheira e de um zelador fala do orgulho da origem humilde. “Dou valor a tudo, sei quanto custa”, garante a estrela da Record, que administra carreira multidisciplinar, com mais de 10 milhões de CDs, vídeos e DVDs vendidos, Discos de Ouro e de Platina, duas indicações ao Grammy Latino de Melhor Álbum Infantil, o filme Eliana em O Segredo dos Golfinhos e livro com o mesmo tema, e mais de 160 produtos com seu nome. Casada desde 2004 com Eduardo Guedes (32), dono dos sorvetes Stuppendo e apresentador do Hoje em Dia, na mesma emissora, Eliana pode se considerar realizada. Seu programa, Tudo é Possível, é o segundo colocado nas tardes de domingo, batendo o Domingo Legal, de Gugu Liberato (47), do SBT. Serena, a loira revela o que lhe falta: “Filhos.”


– Por que celebrar 15 anos de carreira no carnaval baiano?
– Sou apaixonada por este carnaval desde 2004, quando comecei a puxar o bloco infantil Happy. Neste ano o tema foi minha carreira, uma homenagem emocionante. Cantei por três horas e meia no circuito Barra–Ondina.



– A família apoiou a carreira?
– Sim, sem a família encorajando não dá. Meu pai foi contra no início, achava que eu tinha que estudar, que não era meio para meninas. Levei três anos para convencê- lo, mas, aos 17, quando fui para o SBT, ele entendeu a escolha. Tinha comprado o primeiro carro, a independência o acalmou.

– Foi difícil deixar a faculdade de psicologia?
– Sim. Tirava boas notas, mas perdia por faltas. Fiz ali uma grande amiga, Fabiana Bordin. Sou madrinha do Enrico, o bebê dela.

– Alguma lembrança ruim?
– No SBT. Estava lá há três meses, a convite de Silvio, e perdi meu programa, Festolândia, por contenção de custos. Plantei-me na porta do Silvio, pedi para não sair do ar. Ele me disse que eu não podia apresentar desenho num banquinho. Eu disse: Dá! E assim foi a Sessão Desenho com Eliana: eu, num banco, anunciando desenhos. Aí os mesmos que sorriam para a ‘escolhida do patrão’, me deram as costas. Ironicamente, foi quando surgiu a canção Dedinhos. Só tinha as mãos para me expressar.

– Foi a consagração?
– Uma virada. Por causa de Dedinhos gravei o primeiro CD, logo Disco de Platina. Nilton Travesso quis me conhecer e disse: ‘Vou falar para o Silvio te dar um programa’. Aí veio o Bom Dia & Cia., que virou Eliana & Cia..

– Como é a relação com Silvio?
– Amável. No SBT ele mandava recados, sugeria roupas mais brilhantes. Quando recebi o convite da Record, ele disse algo que me marcou: ‘Se você fosse minha filha, eu diria: vai. Seja uma boa filha lá como foi aqui’.

– Como avalia a sua evolução na Record?
– Meu programa inclui a criança e a família, um esforço de oito meses da equipe, criando o formato. Ouvi críticas duras. Diziam que minha carreira acabara. Sabia dos planos da Record, mas doeu. Ali foi essencial o carinho de Silvio, Hebe Camargo, Tom Cavalcante. (Eliana se emociona e chora). A gratidão que tenho por eles me mobiliza; a resposta para a crítica está no Ibope: 10 pontos, com picos de 14.


– Faz terapia?
– Sempre fiz, me ajudou na transição profissional e interna. De nada adianta mudar o programa se nada mudou em você.

– Como você se cuida?
– Hoje aceito meus 1,62m, a cintura fina, o bumbum de brasileira. E ligo mesmo para a saúde. Faço yoga, pilates, puxo um ferrinho. Meus pecados são doces, chocolates e vinho. Meu sogro é enólogo, Edu entende. Fiz um curso e amo. Na Itália, é um perigo. (risos)




– O que falta para coroar 15 anos de sucesso?
– Filhos! Se adio é por pensar se eu e Edu estamos preparados. Por ele, talvez já tivéssemos um bebê. Teremos. Mas quero continuar uma aprendiz, ter 80 anos e estar ávida de informação. Minha frase é: nada vence o trabalho.


Fonte: REVISTA CARAS

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